terça-feira, 8 de junho de 2010

Castores constroem barragem de 850 metros no Canadá


Um investigador canadiano descobriu uma barragem construída por castores, a maior do mundo natural, isolada e selvagem a norte do Canadá, através do Google Earth. A barragem mede 850 metros de comprimento, muito maior que a médica considerada normal num trabalho deste tipo, que não ultrapassa por norma os 100 metros.
Acredita-se que esta obra terá começado na década de 1970. “Várias gerações de castores trabalharam na construção que continua a aumentar”, afirmou Jean Thie, o ecologista que descobriu a barragem quando tentava medir, com a ajuda de fotografias por satélite a camada de permafrost (porção de gelo, terra e rochas permanentemente congeladas).
O mesmo investigador concluiu que já em 1990 o dique era visível em imagens da NASA.
A obra situa-se no Parque Nacional Wood Buffalo, no norte de Alberta. Os funcionários da reserva já tinham sobrevoado a área, mas, devido à densidade da área pantanosa, não conseguiram observar muitos detalhes. No entanto, Mike Keizer, porta-voz do parque, garantiu que “é muito antiga. Quando um dique é mais novo apresenta toras de lenha de corte recente. Nesta, a erva cresce. A aparência é de muito verde”.
Jean Thie reparou ainda que os castores estão a construir outros dois diques de cada lado da barragem principal e quem em dez anos as estruturas vão formar uma única barragem com mais de 950 metros de comprimento.
Refúgio, alimentação e construção
O objectivo deste pequeno animal é criar reservatórios de água onde possam proteger-se de predadores, fazendo fluir o próprio alimento e os materiais de construção que utilizam. Thie realça: “É um fenómeno único − diques construídos por roedores visíveis do espaço”.
Até à descoberta desta barragem, pensava-se que a mais longa conhecida no mundo animal era de 652 metros situada em Montana, nos Estados Unidos, que faz fronteira com Alberta, no Canadá.
O castor, que já esteve perto da extinção pelo comércio das peles nos séculos XVII e XVIII, voltou com força aos antigos habitats em toda a América do Norte.
O investigador que deu de caras com esta obra natural afirma que “há diques por todo o Canadá e algumas colónias de castores contam com cem animais por quilómetro quadrado”.

Várias espécies de lagartos podem extinguir-se devido ao aumento de temperaturas.


O aquecimento global é um problema muito sério para os lagartos e pode ainda ser pior. Num estudo publicado agora na «Science», uma equipa internacional de investigadores revela que o aumento das temperaturas levará à extinção, até 2080, de 20 por cento das espécies de lagartos existentes.
Os investigadores monitorizaram as populações de lagartos do género Sceloporus, no México, durante as últimas três décadas, e aperceberam-se que o aumento de temperaturas provocou a extinção de 12 por cento da população.
O levantamento pormenorizado foi feito em 200 sítios diferentes e indicou que as temperaturas dessa região mudaram demasiado depressa para os lagartos se conseguissem adaptar.
Antes deste estudo, pensava-se que os lagartos não eram de todo tão susceptíveis como agora se revelaram. Estas espécies vivem já no seu limite de temperatura, principalmente os que habitam em baixas elevações e latitudes.
A subida de temperaturas faz com que estes animais, durante a época de reprodução, não tenham força suficiente para procurar comida – pois gastam-na a regular a temperatura do corpo. Assim, não conseguem acumular a energia necessária que lhes permitiria suportar uma ninhada.

Nova espécie de peixe usa barbatanas para caminhar.


Um raro peixe cor-de-rosa que prefere usar as suas barbatanas para andar ao longo do solo no oceano, em vez de nadar, foi recentemente descoberto nas proximidades de Hobart, na ilha australiana da Tasmânia. O National Geographic refere que este é um de apenas quatro existentes, pertencentes à família dos ‘handfish’, como descreveu uma revista científica.
Segundo Karen Gowlett-Holmes, umas das investigadoras (bióloga marinha) que o catalogou, até hoje só foram revelados 14. A última vez que foi encontrado este peixe de dez centímetros, agora denominado de ‘Pink Handfish’, foi em 1999 e por isso, tinha sido considerado extinto.
A avaliação desta rara espécie foi feita baseada em vários factores, como o número de vértebras e raios de barbatana, a coloração, presença de escamas e espinhas, e medidas proporcionais do corpo, conforme explicou Daniel Gledhill, da Comunidade Científica da Austrália e Organização Industrial de Investigação Científica, ou CSIRO.
Segundo as notas dos investigadores, todas os raros peixes cor-de-rosa foram encontrados em águas costeiras do sudeste australiano. Mesmo entre a espécie previamente encontrada, este peixe foi pouco estudado, e os autores acrescentaram que não se sabe quase nada sobre sua biologia ou comportamento. O ‘Pink handfish’ figurou numa exposição em Canberra, para celebrar Dia Internacional de Biodiversidade, no passado sábado.

Novas espécies de rã encontradas no Panamá.


Cientistas do Instituto Smithsonian de Investigações Tropicais encontraram duas novas espécies de rãs no Panamá: a Pristimantis educatoris, encontrada no Parque Nacional Omar Torrijos, e a Pristimantis adnus, que vive na província de Darién, na fronteira com a Colombia.
Os investigadores, coordenados por Karen Lips, verificaram que um dos anfíbios recolhidos no parque da capital do Panamá era maior do que os espécimes encontrados em outros sítios e, ao compararem as suas formas com as demais, chegaram à conclusão de que "eram, na realidade, uma nova espécie para a ciência", comunicou o Smithsonian.
O nome Pristimantis educatoris foi uma homenagem a Jay Savage, professor de biologia da Universidade de Miami, enquanto a rã Pristimantis adnus deve seu nome às siglas ADN. “Optamos por este último nome para ressaltar as técnicas genéticas das quais nos servimos para identificá-las", sublinhou o cientista Andrew Crawford.
Esta nova descoberta eleva o número de espécies de rãs descritas no Panamá e Costa Rica para 197, sendo que 15 por cento delas foram identificadas nos últimos sete anos.

Poluição sonora ameaça algumas espécies de peixes.


Um estudo publicado na revista "Trends in Ecology and Evolution" revelou que algumas espécies de peixes estão a ser ameaçadas pelos crescentes níveis de poluição sonora.
A investigação realizada por cientistas europeus avaliou o impacto que o barulho criado por plataformas de gás e petróleo, navios, barcos e sonares tem em espécies de peixes nos oceanos de todo o mundo. De acordo com os resultados obtidos, a maioria dos peixes tem uma audição apurada, pelo que o aumento nos níveis de ruídos afecta a sua distribuição nos mares e as suas capacidades de reprodução, de comunicação e de evitar predadores.
"As pessoas sempre assumiram que o mundo dos peixes era silencioso", referiu o biólogo Hans Slabbekoorn, da Universidade de Leiden, na Holanda. No entanto, esta investigação fez uma medição da capacidade de audição dos peixes e concluiu que os ruídos que resultam da actividade humana a baixo da água têm potencial para afectar estes animais da mesma forma que o barulho do trânsito afecta os terrestres.
"O nível e a distribuição do barulho aquático está a crescer a nível global, mas recebe pouca atenção", sublinhou Slabbekoorn.
Cardumes menos coerentes
Alguns estudos relatam que o arenque atlântico, o bacalhau e o atum-rabilho fogem de sons e formam cardumes menos coerentes em ambientes barulhentos.
Os cientistas constataram também que a sensibilidade da audição varia de acordo com o peixe. O bacalhau do Atlântico, por exemplo, tem uma capacidade auditiva "média", segundo os investigadores, enquanto o peixe-dourado de água doce consegue ouvir frequências mais altas.

Assim, a distribuição dos peixes nos mares pode ser afectada, já que estes animais começam a evitar áreas com muitos ruídos. No caso da comunicação, sabe-se que 800 espécies de peixes de 109 famílias produzem sons, geralmente em frequências menores do que 500 hertz.

Hispaniolan solenodon: espécie existe há 76 milhões de anos.


Investigadores do projecto "The Last Survivors" (Os Últimos Sobreviventes) estão a tentar salvar, na República Dominicana, um dos mais estranhos e mais antigos mamíferos da Terra: o Hispaniolan solenodon.
Esta espécie, que existe há 76 milhões de anos, é considerada um “fenómeno” da natureza na medida em que resistiu a todas as transformações que ocorreram no planeta Terra ao longo dos tempos, enquanto as outras formas de vida ao seu redor foram extintas.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Cinemas cancelam exibição de filme sobre matança de golfinhos no Japão.


Todas as salas de cinema de Tóquio, capital do Japão, cancelaram nesta semana a exibição do documentário "The Cove - A Baía da Vergonha", ganhador do Oscar deste ano, sobre a matança de golfinhos naquele país.
Ao todo, foram 26 salas de cinema que cancelaram a exibição do filme, que tinha estreia prevista para o próximo dia 26.
Todos alegaram que cancelaram a exibição para evitar que grupos que apoiam a matança de golfinhos iriam até as salas protestar com caminhoões de som. Segundo os proprietários declararam à imprensa local, o barulho iria atrapalhar os negócios e as pessoas de assistirem aos filmes em uma atmosfera pacífica.
"The Cove" foi digirido por Louie Psihoyos e trata sobre a matança de golfinhos que acontece anualmente no National Park de Taiji, no Japão, sob o ponto de vista de um ativista que é contra a matança.
O filme ressalta que o número de golfinhos mortos em Taiji é muitas vezes maior do que o número de baleias mortas na Antártida, e que cerca de 23 mil golfinhos são mortos anualmente no Japão.